Passámos por dois anos difíceis, tanto a nível emocional como financeiro, depois da pandemia global que nos deixou assustados e confinados. Nos meses seguintes, Moçambique enfrentou cheias devastadoras, ataques terroristas e distúrbios civis. A isto junta-se o impacto económico da guerra iniciada em 2021 - e o resultado é claro: uma grande parte da população trabalhadora está hoje a lutar para conseguir chegar ao fim do mês.
Em 2022, os moçambicanos também enfrentaram uma forte pressão sobre o custo de vida:
- Subidas frequentes no preço dos combustíveis
- Aumento nas taxas de juro directoras pelo Banco de Moçambique
- Encarecimento generalizado dos alimentos e bens essenciais
- Desvalorização do metical em certos períodos, agravando o custo de produtos importados
- Aumento dos preços dos transportes, rendas e produtos de higiene
Realidade de muitas famílias moçambicanas da classe trabalhadora:
- Casa arrendada ou em processo de compra por crédito
- Um carro com financiamento bancário ou informal
- Cartões de crédito e crédito ao consumo (para eletrodomésticos, móveis, etc.)
- Dívidas com bancos, lojas ou instituições de microcrédito
- Despesas fixas com escola, alimentação, energia, água e comunicações
E como se sobrevive com um rendimento fixo neste contexto?
A maioria:
- Continua a recorrer ao crédito informal ou institucional para cobrir despesas básicas
- Não revê o seu orçamento nem ajusta o estilo de vida
- Aumenta o ciclo de endividamento com empréstimos rotativos e juros elevados
Um alerta claro: Muitos moçambicanos estão hoje a usar dívidas para comprar arroz, sabão, óleo e transporte - o que é sinal de emergência financeira.
Quando vejo a forma como os retalhistas e os bancos publicitam o crédito, fico enojada. Basta olhar para qualquer anúncio a promover um cartão de loja - aparecem sempre jovens a sorrir, felizes, a viver o melhor momento das suas vidas. Mas a verdade é esta: a dívida não o vai fazer feliz - vai deixá-lo pobre, stressado e num estado constante de ansiedade. O retalhista vende-lhe uma fantasia de liberdade, quando na realidade está a condená-lo a uma vida de endividamento. E quando não consegue pagar, são implacáveis a tentar recuperar o dinheiro.
O que mais me irrita é o “brinde” que oferecem. Se conseguir fazer um cartão de loja com sucesso, vão “recompensá-lo” com vales de 4.000 meticais ou algo como “gaste 4.000 MZN e receba 1.200 MZN de desconto” - sempre com algum tipo de isco para o fazer aderir. Essas campanhas custam milhões de meticais a essas empresas. Os grandes retalhistas só trabalham com as melhores agências de publicidade para construir as suas marcas. Eu trabalhei na área de publicidade e sei o tamanho dos orçamentos de marketing desses retalhistas. Tudo é feito para o fazer gastar - mesmo que seja com dinheiro que não tem.
Então, gastam milhões a tentar convencer os jovens a endividarem-se. Como é que isso faz sentido? Com tantos problemas reais que os jovens enfrentam, não haveria uma forma mais útil de investir esses milhões?
Estamos em Janeiro - o mês mais longo do ano. Sim, todos vão sentir isso enquanto se arrastam até ao dia de pagamento, depois de terem gasto demais. Os e-mails de “Feliz Ano Novo” já começaram a encher a minha caixa de entrada. E como é que muitos deles começam? Adivinha… “Peça um empréstimo para ultrapassar o Janeiro.” O quê? Esse é o pior conselho possível. Porque é que plataformas financeiras influentes, que deviam estar a educar os consumidores, estão a promover mais dívida?
Em vez de se endividar, porque não tentar aumentar o seu rendimento? Já pensou em começar um negócio paralelo ou transformar aquele talento ou ideia numa fonte de rendimento?
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A jornada rumo à liberdade financeira é longa, mas possível - com persistência, criatividade e trabalho consistente. Dar o primeiro passo para ser o seu próprio chefe pode ser intimidante. Para muitas pessoas, parece algo demasiado grande, complicado ou fora do seu alcance. Isso leva-as a desistir antes mesmo de tentar, convencidas de que “não têm perfil” para empreender. Mas o que muitos esquecem - ou nunca chegaram a perceber - é que, com a mentalidade certa e o apoio adequado, tornar-se um empreendedor de sucesso é possível. E mais do que isso: É uma das experiências mais gratificantes que pode ter na vida.
Mesmo que a sua situação financeira esteja estável neste momento, há sempre mais para aprender sobre como garantir segurança financeira a longo prazo. A realidade é clara: ter apenas uma fonte de rendimento já não é suficiente para construir um futuro financeiro sólido. A boa notícia? Ganhar dinheiro é uma competência que se aprende. Tudo o que precisa é de:
- Uma ideia
- Vontade real de vencer
- Um Programa testado e comprovado que o guie no caminho certo
Com estes três elementos, pode criar novas oportunidades e construir a estabilidade que deseja.
O momento é agora. Se não for agora, quando será?