O termo “fundo de emergência” refere-se a dinheiro reservado para ser utilizado em momentos de dificuldade financeira. O objetivo é aumentar a segurança financeira, criando uma rede de apoio que permita cobrir despesas inesperadas e elevadas, que - sem essa reserva - poderiam ter um impacto grave na sua situação económica.

Se é uma pessoa trabalhadora em Moçambique neste momento, está a sentir o peso dos 3 aumentos das taxas de juro, dos 7 aumentos do preço dos combustíveis, do aumento da EDM de 5% e de todas as suas subscrições anuais que aumentaram em média 10%. De repente tem menos rendimento disponível. Isto diz-me uma coisa. As suas despesas aumentaram e o seu rendimento manteve-se o mesmo.

Se não rever e refizer o seu orçamento para acomodar estas despesas adicionais, vai muito rapidamente começar a gastar mais do que ganha. Quando gasta mais do que ganha, vai endividar-se muito rapidamente.

Começou o seu primeiro emprego. É o fim do primeiro mês e acabou de receber o seu primeiro salário. Consigo imaginar a expressão de entusiasmo no seu rosto enquanto pensa em como gastar esse dinheiro tão merecido. Vejo os pensamentos no ar: “Apple Watch”, “Um novo telemóvel”, “Roupa nova para o trabalho”. Pare!

Trabalhou arduamente para ganhar esse dinheiro, certo? Então, por que desperdiçá-lo em compras que não são essenciais? Provavelmente está a pensar: “Está a soar como os meus pais”.

O mundo foi abalado pelo impacto da Covid-19. O nosso país entrou em estado de emergência e o confinamento resultou na perda de empregos, redução de salários, destruição de finanças pessoais e danos na economia. Ainda assim, precisamos de encontrar formas de gerir o nosso dinheiro, cuidar das nossas famílias e de nós próprios, e continuar em frente.

Se olhar para trás, para janeiro deste ano, o que gostaria de ter feito de forma diferente? Para muitas pessoas, a resposta está nas finanças: gostariam de ter poupado mais, criado um fundo de emergência ou investido numa empresa de máscaras ou desinfetante. É natural sentirmos isso. O ser humano tende a desejar ter sabido mais e feito melhor. Mas e se fosse possível mudar isso?

Sabia que 70% dos Moçambicanos com rendimento estão endividados? Com a chegada do coronavírus e a queda da nossa economia, o que será então da liberdade financeira dos nossos filhos?

Más decisões financeiras podem ter um impacto duradouro nas pessoas, nas suas famílias e na sociedade. As causas da crise financeira mais recente são complexas, mas a falta de literacia financeira é, sem dúvida, um dos fatores que agravaram decisões mal informadas sobre créditos à habitação e compras a crédito. Níveis baixos de literacia financeira estão associados a:

• Padrões de vida mais baixos
• Redução do bem-estar psicológico e físico
• Maior dependência do apoio estatal

Todos sabemos que viver durante a pandemia da Covid-19 trouxe consigo inúmeras preocupações financeiras inevitáveis. Algumas pessoas sentem isso com mais intensidade do que outras, mas todos sentimos o impacto.

Estamos a perder empregos, a sofrer cortes salariais e a fechar negócios que antes prosperavam. Basicamente, entrámos no nível 1 de modo de sobrevivência quando se trata das nossas finanças. Aqui ficam 4 dicas para o ajudar a passar ao próximo nível:

A vida de cada pessoa é diferente, mas muitos de nós fomos impactados de formas semelhantes devido à pandemia da Covid-19. O ano de 2020 foi um professor severo, mas as lições foram claras. De uma forma ou de outra, você e a sua família provavelmente foram afetados por perda de emprego ou redução de rendimentos. O ano de 2021 trouxe mais do mesmo: mais despedimentos, cortes salariais e instabilidade financeira. Eu estou consigo quando grita “Isto é horrível!

Mas esta situação não precisa de o definir. É uma oportunidade para aprender, mesmo que as lições de vida nem sempre sejam fáceis ou agradáveis. É também uma oportunidade para se tornar financeiramente esperto e construir uma vida financeira mais segura - para si e para quem ama. Uma vida onde respira com alívio, com mais segurança e menos stress.